segunda-feira, 20 de maio de 2013

Bruxas

Os cristãos dizem que aqueles que não são batizados em sua fé são pagãos e uma criança pagã é uma alma perdida. As Bruxas sentem a religião de forma muito diferente, elas participam intensamente. A velha religião respeita a criação e segue os fenômenos naturais, as estações do ano, todos os elementos e seres faz parte da vida. Como a sociedade Celta era Matrifocal, a velha religião exaltava muito o poder feminino, o poder da Mãe terra ( Deusa da criação) e a grande Mãe. A mulher, o corpo da Mãe, era visto como uma fonte de vida, a gravidez era compreendida por eles como obra do poder divino. Na velha religião as práticas religiosas e rituais é com cânticos, danças, fogo, altares em grandes círculos onde giravam cantando e dançando para exaltar as divindades. Exaltamos a Deusa também chamada de Grande Mãe ou Grande Deusa da Lua, dando-lhe tríplice divindade. A trindade feminina da Deusa que como mulher era dotada de círculos tinha como referência três fases da lua cheia, minguante e crescente. Nesta tríade, cada fase da vida da mulher ( Donzela, Mãe e Anciã) e cada fase da Lua estavam refletidas da Deusa. A Grande Arte, também conhecida por muitos como a filosofia ou religião da Grande Mãe, que pode ser ela a Terra, a Lua, a Natureza - Água, Árvores ou Plantas - a Vida... É enfim, a temida “Magia” de uma Bruxa. Magia que nos transporta para o mais profundo domínio do Saber e do Conhecimento Ser Bruxa atuante e competente requer mais que a simples racionalização do desejo. Cumpre-lhe conhecer os princípios físicos e metafísicos subentendidos em todo o trabalho mágico e espiritual, a fim de poder usar corretamente o Poder e para o bem de todos e todas. Bruxa é criatura humana, encarnada. Que ri, que chora, que sangra... e tem que saber viver no mundo como ser humano responsável, para poder ser Bruxa responsável. Há que aprender a respeitar os anciãos que têm muito a ensinar, como: a semear, a colher, a ouvir o próprio interior, a conhecer e acima de tudo, observar que a Terra (Gaia ou Pacha Mama) é nosso Lar, mas não é apenas nosso, é de todo ser vivo que tem direito à vida tanto quanto nós. A Bruxaria é chamada de Arte, Ofício e até de religião. O fato é que a Bruxaria é um conjunto de crenças pagãs com raízes lá atrás, nos primórdios da humanidade. Muitas bruxas chamam a Bruxaria de “A Velha Religião” justamente por isso (o termo tornou-se especificamente popular na Bruxaria italiana, chamada Stregoneria ou Stregheria). Novamente, o que temos hoje em dia é uma reconstrução do antigo. A magia é o conhecimento e o poder. E o espírito dos tempos tem levado homens e mulheres a restabelecer a ligação com os mistérios da vida que se encontram nos ritmos naturais da Mulher, da Terra, da Lua... Afinal, os mistérios da magia são os mistérios da vida! A Bruxaria, por não ser uma prática unificada, não possui leis próprias como algumas religiões, mas as bruxas e bruxos reconhecem um código de ética entre si, que não é secreto, e sim bastante dedutivo, à medida que você começa a lidar com a Magia. A Arte pede dedicação constante e uma mente aberta para todas as possibilidades. Onde, com o tempo, se aprende a não julgar, a não condenar e a não exigir mais das pessoas do que elas são capazes de oferecer. E muito melhor que agradecer, é retribuir. Sempre lembrar, pois esta é a sabedoria A Grande Arte não impõe a ninguém um procedimento ou uma atitude única. Ao contrário, ela é ampla e nos permite agir de acordo com nossos princípios, contudo, lembra-nos sempre da verdade maior “não fazer a outros o que não gostarias que o fizessem”… A Bruxa (o) vive gloriosamente, porque vive fazendo o caminho de fora para dentro, buscando filtrar tudo o que deve e o que não deve deixar entrar no seu templo sagrado, que é seu ser inviolável. Tem consciência dos seus erros, sem fantasias ou culpas infundadas. Sua noção de segurança individual e coletiva lhe promove uma vida de bem-aventurança pela virtude da prosperidade e da abundância. Obviamente a Magia em si possui algumas leis, que não passam de leis da própria Natureza. Há a célebre frase: “Não há nada que a ciência tenha dito que eu não tenha visto como Bruxa“, e é verdade. Nossas leis são as leis naturais. A Bruxa canta sua Canção sagrada em tudo o que existe, sussurra na brisa nas folhagens, grita nos relâmpagos, ruge nos vulcões. Ela geme em cada grito de dor, se faz ouvir no choro do recém nascido e do moribundo, na altivez do leão e nas patas da gazela. Ela chora nas queimadas das matas , é ferida nas guerras, se encontra na fome e na satisfação da fome. Ela é vida e é morte. É a terra com seus frutos abundantes e a Ceifeira que traz a morte e a putrefação, de onde a vida torna a brotar. Ela canta sua canção mais bela quando a Lua enche nos céus .. é a Senhora das águas que correm, trazendo vida ao planeta, sua música é a complexa sinfonia sem fim das vastidões das galáxias e suas notas mais brilhantes são cada uma das estrelas. A Bruxa (o) é preparada (o) para ser um ser humano imperturbável, porque aprende a se dominar completamente, desenvolvendo ao longo dos anos , hábitos de completo domínio sobre as emoções, através de duros exercícios e treinamentos para a lapidação do Ego. O domínio das emoções , uma vez, pois, que tenha conseguido esse controle automaticamente, também saberá controlar com responsabilidade os poderes adquiridos pelo conhecimento dos mistérios. Quando a Deusa chama o seu filho, ele se sente impulsionado para Ela com tal força que nada pode pará-lo. Ele irá correr para os seus braços, como quem volta ao seu lar (que é o que realmente acontece). Aquele que "ouviu" o Chamado não se desvia do seu caminho. E para aqueles que dizem ateus não têm fé, lembre-se que os ateus acreditam em si mesmo e para isso também é preciso fé. 3fasesdalua.com.br

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