sexta-feira, 31 de maio de 2013

A Magia da Mandrágora

* Nome científico: Mandragora officinarum L. * Outros nomes: Maçãs-de-maio; maçã-indiana; limão-selvagem; semente-amarela; semente-de-quati; pé-de-pato; raiz-do-diabo; maçã-de-satã; homem-dragão; vela-do-diabo; luz-do-diabo; raiz-de-bruxo; planta-de-circe; anão-terra; pequeno-homem-enforcado. * Planeta: Mercúrio * Elemento: Terra Mandrágoras fêmea e macho: Xilogravura do século XV A Mandrágora é umas das plantas mais conhecidas por seu uso na magia. Por conta de seu curioso formato e das lendas que a envolvem, a planta já foi retratada na literatura e até no cinema. Sabe a Circe? Aquela famosa feiticeira da mitologia grega, pois é, a mandrágora era usada como ingrediente frequente em seus feitiços, poções e filtros de amor. No filme "Harry Potter e a Câmara Secreta" as mandrágoras da estufa de herbologia dão um escândalo quando são retiradas do solo pelos alunos de Hogwarts, mas o grito das mandrágoras tem uma explicação folclórica. Shakespeare, na sua clássica obra "Romeu e Julieta", fez a seguinte referência a mandrágora: "Gritavam como mandrágoras arrancadas da terra que levavam à loucura os mortais que as ouvissem" Segundo uma lenda medieval a raiz da mandrágora era como um pequeno homem dormindo dentro da terra e, ao ser retirado de seu descanso, dava um grito tão agudo que era capaz de deixar surdo, enlouquecer e até mesmo levar alguns homens a morte. Com base nessa crença, foram sendo criadas várias técnicas para se retirar a mandrágora do solo sem sofrer com o grito da planta. Alguns tapavam os ouvidos, afofavam a terra ao redor da mandrágora, amarravam a planta ao pescoço de um cachorro e faziam com que o mesmo corresse, arrancando a raiz do solo. Escritos medievais afirmam que é mais seguro colher mandrágora durante uma sexta-feira à noite, pouco antes do nascer do sol. Depois de ser colhida alguns lavavam a raiz com vinho e a guardavam embrulhada em seda vermelha ou branca. Aos olhos dos caçadores de mandrágora, tanto trabalho para conseguir a raiz valia a pena, pois a planta possuia variados usos, tanto mágicos como medicinais. Há muitos registros do uso mágico da mandrágora na Europa medieval. Na antiguidade a raiz da mandrágora era considerada calmante e analgésica, mas podia ser tóxica quando usada em grande quantidade, provocando alucinações tão intensas que beiravam a loucura. Também era conhecida no passado por curar impotência sexual masculina. A raiz é a parte mais curiosa dessa planta, pois cresce como uma batata, muitas vezes bifurcada, ganhando traços semelhantes ao de um pequeno homem. Por conta do curioso formato humano é que a fama "mágica" das mandrágoras se difundiu rapidamente. Pitágoras se referiu a mandrágora como "antropomorfa". O agrônomo romano Lúcio Columela a definiu como "semi-homem". Na ilustração abaixo, do antigo botânico e autor greco-romano Pedanio Dioscórides Anazarbel podemos ver a mandrágora representada com forma humana. Mandrágora, de Pedanio Dioscórides Anazarbel Outro fato curioso em relação as mandrágoras é que elas podem ser classificadas como "macho" e "Fêmea". De acordo com o antigo naturalista romano Plínio ("O Velho"), se diz que uma mandrágora é macho quando as folhas são largas, a raiz é preta por fora e branca por dentro. A raiz da fêmea é toda preta e as raízes são bifurcadas. Mantida em determinadas condições de calor e umidade, a raíz grossa e marrom da mandrágora pode liberar alguns gases e vapores, que às vezes eram chamados de "fogo fátuo", pois acreditava-se que era uma espécie de espírito que saía da planta. Na Idade Média as pessoas afirmavam que as mandrágoras cresciam mais quando eram plantadas sob a forca de assassinos executados. No folclore anglo-saxão há registros de que a mandrágora era utilizada para expulsar demônios e também era desidratada por alguns para ser usada como amuleto de proteção. Na Alemanha era costume entre os camponesses talhar e cuidar muito bem das raízes de mandrágora, par usá-las em magias e advinhações. Existia uma crença de que as raízes talhadas com formas humanas responderiam aos questionamentos de seus donos, como se a planta ganhasse vida própria. Até hoje a mandrágora é usada por magistas, principalmente em magias de proteção, aumento do poder pessoal, coragem e amor. É um poderoso concentrador fluídico e para carregá-la com seu poder pessoal, você pode deixá-la durante três dias embaixo da sua cama, no período da lua cheia. Por ser uma planta européia, é bem complicado conseguir mandrágora no Brasil, mas existem algumas plantas que podem servir como substitutas mágicas, é o caso do gengibre e do melão-de-são-caetano. herbologiamistica

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