domingo, 17 de fevereiro de 2013

A Lenda da Bruxa

Dos antigos até nossos dias, os mitos longe de expressarem fantasias, retratam bem nossas angústias, ideias religiosas, superstições que fazem parte de nossas convicções mais vivas. A Bruxa para as crianças é a figura clássica da mulher velha, alta e magra, corcunda, queixo fino, nariz pontudo, olhos pequenos e misteriosos, cheia de sinais nos cabelos e manchas na pele. O principal trabalho das Bruxas é carregar meninos que teimam em não dormir cedo, ou em alguns casos, mantendo os vestígios do mito de origem Europeia, sugar seu sangue sem que ninguém a veja, já que é capaz de se tornar invísivel. No Norte do país ela é conhecida como Feiticeira. Para evitar que a Bruxa entre numa casa deve-se riscar nas portas os símbolos cabalísticos; o sinal de Salomão, que é uma estrela de seis pontas, feita com dois triângulos, ou a estrela de cinco pontas, que é o sagrado pentágono citado por Cornélio Agripa [1], ou ainda as palhas secas do Domingo de Ramos postas em forma de cruz. Novelos de fios da fibra do Caroá, espécie de planta usada para fazer barbantes; linhas de pesca e tecidos, também serve. A Bruxa então é obrigada a parar, e só entrará naquela casa, após contar fio por fio daquele feixe de fibras do Caroá ou Gravatá. A tradição é a mesma na Europa. Em Portugal é um molho de fios. Na Itália mata-se um cachorro e a Bruxa é obrigada a contar os fios de cabelos do animal. Com uma foice molhada na água benta ou outra lâmina, como uma faca, de forma compassada, de meia-noite ao primeiro cantar do galo, deve-se ferir o ar em volta do berço onde dorme a criança que está sendo sugada pela Bruxa. Ao fazer isso, um golpe pode acertar a Bruxa e assim ela perde o encanto. Isso quebra suas forças e ela retoma sua forma humana e fraca. Em outros estados, Minas Gerais, estado do Rio de Janeiro, Goiás, a Bruxa se transforma em borboleta noturna (Mariposa), uma espécie amarelada que aparece quando o sol se põe. Diz-se que a Bruxa é a sétima filha. Sempre aparece em torno do número Sete, número que tem um forte apelo místico desde o tempo dos magos Caldeus. Informações Complementares: Nomes comuns: A Bruxa, a Feiticeira, Súcubo, Sucubus, Velha Bruxa. Origem Provável: É de origem Européia, muito antiga, e os elementos que nos chegam vieram de Portugal. Na Europa, as Bruxas se reunem nas noites de sexta-feira, sendo presididas pelo Diabo em pessoa. Todas que estão no grupo deverão se despir. Estas Bruxas voam sentadas em cabos de vassouras. De acordo com a tradição Brasileira, ela, a Bruxa, algumas vezes se apresenta como uma velha carregando uma pequena trouxa de roupa, e quando vê uma criança, logo lança sobre a mesma mau olhado. Quando uma Mulher já teve seis filhas, partos sequenciais, antes de nascer uma sétima, para livrar-se da maldição de virar Bruxa, deve a mãe colocar nela nome masculino. Caso não faça isso, e se nasce menina, ao completar sete anos se transforma em borboleta. Então entra pelas fechaduras das portas para chupar o umbigo das crianças recém nascidas. E assim, logo a criança adoece de um mal chamado de "Mal de sete dias", que é muito grave, mortal. Para livrar as crianças desse mal, a parteira deve colocar embaixo da cama da mulher que deu à luz, uma tesoura aberta, milenar símbolo de proteção. Documentário: Manuel Ambrósio, em seu livro, Brasil Interior[2], relata o seguinte episódio. A muié que pare incarriado seis fia femea, condo é pra tê as sete, bota logo o nome de Adão, tudo trocado, senão a menina vem, e logo sai Bruxa. Assim que chega no sete ano vira aquela barbuletona, entra p'la fechadura da porta da muié parida e xupa o embigo das criança que morre c'o mal de sete dia, conde a parteira não é boa mestra e esquece de botá a tesoura aberta debaxo da cama da parida, onde a criança nasce.sitededicas.ne10.uol.com.br

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