terça-feira, 25 de setembro de 2012

... Wicca

Uma religião natural baseada nas práticas de antigas religiões, especialmente a celta, mais em consonância com as forças da natureza. Contudo, mais que ver os wiccans como membros de uma religião, é talvez mais certo vê-los como partilhando uma base espiritual da natureza e dos fenómenos naturais. Pois os wiccans não teem credo escrito a que os ortodoxos devam aderir, nem templos de pedra ou igrejas para adoração. Praticam os rituais em parques, jardins, florestas, ao ar livre. “Somente uma regra há: Faça o que desejar! Sem mal nenhum causar!.” "Wicca" é o nome de uma religião contemporânea neo-pagã, largamente popularizada pelos esforços de um funcionário publico reformado inglês chamado Gerald Brosseau Gardner. Gardner nasceu em The Glen, The Serpentine, Blundellands, perto de Liverpool, Inglaterra, numa família de classe média sendo um dos quatro irmãos e viveu com dois deles, Bob e Douglas. Gardner afirmava ter sido iniciado em 1939 numa tradição de bruxaria religiosa que ele acreditava ser uma continuação do Paganismo Europeu. Doreen Valiente mais tarde identificou aquela que iniciou Gardner como sendo Dorothy Clutterbuck no livro A Witches' Bible, escrito por Janet e Stewart Farrar em 2002. Esta identificação foi baseada em referências que Valiente se lembrava de Gardner fazer a uma mulher a quem ele chamava de "Old Dorothy". Ronald Hutton diz, no entanto, no livro Triumph of the Moon, que a Tradição Gardneriana era largamente inspirada em membros da Rosicrucian Order Crotona Fellowship e especialmente por uma mulher conhecida pelo nome mágico de "Dafo". O Dr. Leo Ruickbie, no livro Witchcraft Out of the Shadows (2004), analisou as evidências documentais e concluiu que Aleister Crowley teve um papel crucial ao inspirar Gardner a criar uma nova religião pagã.
Etimologia da palavra “WICCA”: Gardner, nos dois livros sobre o assunto, refere-se à bruxaria como "Wicca", ou "A Arte". Em Inglês Arcaico, "Wicca" A palavra tem sua origem na raiz indo-européia "wikk-", significando "magia", "feitiçaria". O nome Wicca é o mais usado para denominar essa religião. Ela também é conhecida como Bruxaria, Feitiçaria, Antiga Religião e Arte dos Sábios, ou simplesmente, a Arte. Ele utilizou esta palavra porque em épocas remotas os "Bruxos" eram chamados as vezes por "wiccas" , os sábios. Os Wiccans são uma religião da Natureza. Os seus rituais baseiam-se nas quatro estações; os seus simbolos representam a ligação da vida humana à Natureza. Não devemos ignorar as forças destrutivas da Natureza, pois são tão abençoadas e naturais como a lua cheia. As mulheres são iguais, se não superiores, aos homens. As mulheres na mitologia celta são invulgares. São inteligentes, poderosas guerreiras, sexualmente agressivas e lideres de nações. Finalmente, devemos notar que wicca não está relacionada com adoração satanica. Esta está relacionada com a perseguição de "bruxas" pelos Cristãos, especialmente durante a Inquisição. O espirito da Inquisição, contudo, vive nos corações de muitos devotos cristãos que continuam a perseguir wiccans, entre outros, como adoradores do diabo. Os modernos inquisidores não queimam pessoas. Em vez disso tentam abolir o Dia das Bruxas, livros infantis que falem de bruxas, e qualquer nome, numero ou simbolo que os cristãos associem a satanás. São as modernas vitimas de rituais satanicos tão iludidas como os caçadoares das bruxas de hoje caçadas pelos cristãos ao longo dos séculos. Se há cristãos a serem abusados por adoradores do diabo, os seus abusadores não pertencem à “conspiração” religiosa internacional conhecida como Wicca. Princípio Feminino ou Grande Mãe Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda Criação. Na wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem (lua crescente), a Mãe (lua cheia) e a Velha Sábia (lua minguante), sendo que esta última ficou mais relacionada a bruxa na imaginação popular. A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal! Princípio Masculino ou Deus Cornífero Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o Deus, símbolo solar da energia masculina, nasceu da Deusa, sendo seu complemento, trazendo em si os atributos da coragem, pensamento lógico, fertilidade, saúde e alegria. Da mesma forma que o sol nasce e se põe todos os dias, o Deus nos mostra os mistérios da morte e do renascimento. Na wicca, o Deus nasce da Grande Mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela Deusa Virgem, fazem amor; a Deusa fica grávida, o Deus morre no inverno (no fim dele) e renasce novamente, fechando o ciclo do renascimento, que coincide com os ciclos da natureza e mostra os ciclos da nossa própria vida. A Ímanência Imanência, um dos princípios vitais da Wicca, é o conceito da interligação e conexão existente entre todas as coisas. É a consciência de que cada um de nós é sagrado e a manifestação da Deusa. O princípio imanente assegura que tudo é sagrado, por isso tudo merece respeito. Todos nós estamos interligados por uma mesma teia e por isso faz-se necessário vivermos nossa espiritualidade de forma equilibrada, compreendendo o que é viver com integridade e responsabilidade para com a natureza e os seres humanos. A Wicca é uma religião de caráter libertário, mas em nenhum momento podemos esquecer que ela encoraja a responsabilidade ambiental, social e espiritual. A imanência nos lembra que aquilo que afeta um ser afeta todos os seres. Por isso, um desequilíbrio ecológico, social ou espiritual vivido isoladamente não é necessariamente isolado e atinge o mundo em sua totalidade. O princípio da imanência assegura que a Deusa está em tudo. Ela é onipresente na vida e em cada um de nós. A Wicca não vê a divindade como algo a parte da Natureza ou da vida cotidiana. A Deusa é o mundo, a Terra e todas as coisas que existem: A Terra é o corpo Dela O Ar, Seu sopro Fogo, Seu Espírito E a Água, Seu útero vivo. Os wiccas praticam os seus rituais sozinhos (bruxos solitários) ou em pequenos grupos de pessoas chamado de coven. Um coven possui 13 membros (na maioria das tradições existentes admite-se 14 membros, sendo o décimo-quarto o mais novo do grupo, responsável por preparar os incensos, acender o fogo, colher ervas e outras pequenas tarefas). O coven é dirigido por uma Alta Sacerdotisa e/ou um Alto Sacerdote que gerenciam os trabalhos de adoração à Deusa, os trabalhos mágicos e cerimônias como os sabás e esbás. Uma explicação para que o coven seja formado por treze pessoas, é que cada uma representaria um mês do ano, pois nas sociedades matriarcais o ano segue o calendário lunar de 13 meses de 28 dias, mais um dia, no total 365 dias. Daí vem a expressão "um ano e um dia", pois, quando é iniciada, a pessoa estuda durante esse período para depois confirmar seus votos. Isto em algumas Tradições. O coven reúne-se basicamente para a celebração de um sabá ou para um esbá. Esbá é uma reunião mensal que se realiza treze vezes ao ano durante a lua cheia, que recebe o nome de esbá. Geralmente no esbá trocam-se idéias, realizam-se rituais especiais, agradecem-se a Deusa e ao Deus, realizam-se trabalhos de cura e proteção. Os wiccas celebram oito sabás anuais, destacando as transições entre as estações. Os quatro grandes sabás são Candlemas, Beltane, Lammas e Samhain, e os menores são Equinócio da Primavera e Equinócio do Outono, e Solstício de Verão e Solstício de Inverno.
A Roda do Ano Representada pelos oito sabás, tem por objetivo sincronizar a nossa energia com as estações do ano, ou seja, com os ciclos do planeta Terra e do Universo. Para algumas tradições da wicca, o ano se inicia no solstício de inverno. Outras consideram a noite de 31 de outubro como o início do ano. Esta data é conhecida como Halloween ou Dia das Bruxas, mas seu nome tradicional é Samhain, que significa "sem sol", referindo-se ao tempo de inverno. Esta época também é correspondente ao ano-novo judaico No solstício de inverno ocorre o nascimento/renasci-mento do Deus; nos sabás da primavera, do verão e do outono, ele tem o Seu crescimento, puberdade e maturidade; e Sua morte no sabá de Samhain. Após a morte ele retorna ao ventre da Deusa Mãe até o solstício do inverno seguinte, quando renasce. Este é o ciclo mítico do nascimento-morte-renascimento que se repete em todos nós todos os anos. E a Deusa, em Seus aspectos, é adorada durante todo o ano. Outras tradições preferem adorar a Deusa durante os sabás da primavera e verão, e o Deus durante os sabás do outono e do inverno. Confraria de Bruxos

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