quarta-feira, 21 de setembro de 2011


OS SABBATHS E AS BRUXAS

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Tempos sombrios, a escuridão caia, as bruxas escapavam-se de suas casas, sobre o manto da noite, para se reunir no “sabbath” ou “sabbat”, a orgia das bruxas.

O sabbath era uma mistura de chamas e de festins.
Nestes festins, a comida era em geral roubada embora a peça central fosse um bolo cerimonial, redondo e negro.
Por vezes havia velas negras, As bruxas dançavam ao som de cantos esganiçados, sacudidas por espasmos de êxtase enquanto evocavam o diabo.
Os sabbaths das bruxas constituíam reuniões especiais, diferentes das reuniões semanais e de baixo nível denominadas “esbaths”.
Eram lúgubres, licenciosas e horrivelmente assustadoras ….

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Certos estudos Antropológicos defendem que a bruxa foi em tempos encarada como um ser sobrenatural, uma espécie de vampiro ou mais concretamente um «succubus» que á noite invadia o lar das pessoas, fosse na forma de um gato negro, ou de uma traça, ou de neblina, para ter relações sexuais com um ou mais dos humanos daquela casa, extraindo assim as forças vitais desses humanos para seu próprio alimento.

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A bruxa, enquanto ser espiritualmente infernal e vampiresco, muita das vezes poderia actuar para beber o sangue ou extrair o esperma das suas vitimas, ou noutros casos, apenas alimentar-se da sua energia vital, o que causava um estado de grande debilidade, falta de forças e fraqueza generalizada das suas vitimas.
Colocar uma vassoura ao contrário atrás de uma porta, ainda em certos locais é uma superstição que supostamente afasta pessoas indesejáveis de entrar naquela casa. Também essa superstição tem raízes na bruxa, pois acreditava-se que as bruxas tinham a capacidade de usar vassouras para se deslocarem até á casa da pessoa que iam atacar. Ao inverter uma vassoura junto da porta, estava-se no fundo querer influenciar o voo do ser nocturno, ( a bruxa), invertendo-o a afastando o voo daquela residência.
E desse tipo de lenda que nasceram diversas superstições que ainda hoje perduram, como superstições relativamente a gatos negros ou a traças.

Julgava-se na Idade Media, que o gato negro era na verdade uma bruxa que tinha assumido a forma daquele animal, e julgava-se que ao aparecer a uma pessoa, a bruxa na forma de gato negro estava anunciando que essa pessoa havia sido embruxada. Dai que nos dias de hoje, se julgue que á má sorte ver ou cruzar com um gato negro.
Com as traças passa-se o mesmo. Em muitos locais, ainda se diz que ver uma traça dentro de casa é sinónimo de bruxaria. Tal superstição advêm das crenças medievais, nas quais se dizia que a bruxa entrava nas casas das suas vitimas sob a forma dessa insecto, para depois atacar as pessoas dessa casa enquanto elas dormiam.
De qualquer das formas, na antiguidade o bruxo era tido não como apenas um mero ser humano, mas sim um ser humano possuído por um espírito demoníaco, o que conferia a essa pessoa poderes sobre - naturais.
Uns acreditavam assim que a bruxa era invadida pelo demónio através de um pacto infernal, que era geralmente consumado através de união sexual entre a bruxa e o diabo.

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Segundo tais versões, as bruxas na Mitologia Crista e segundo a visão dos manuais de Inquisição na Idade Media, eram conhecidas por manter relações sexuais com o demónio, e por essa via obterem os poderes do diabo para poderem praticar todo o tipo de acções sobrenaturais ou acções magicas.

Estas noções são na verdade herdadas das mais ancestrais tradições místicas hebraicas. Já no I Livro de Enoch é possível observar que a Bruxaria é praticada pela primeira vez quando Satã, Azazel e outros 198 anjos descem á terra.
Eles, tal como os seus chefes, tomaram as mulheres para si. Escolhiam quem queriam.

"(Penetram-nas e desonraram-nas. Ensinaram-lhes bruxaria, fórmulas magicas e como cortar raízes e ervas.
Para usarem nos seus conjuros.
Começaram [ os anjos caídos] a revelar segredos mágicos ás suas mulheres)"
I Livro Enoch
Segundo o I Livro de Enoch, no inicio da humanidade, ( após a expulsão de Adão e Eva do paraíso), alguns anjos
Os anjos vigilantes, desejaram as filhas dos homens, as mulheres.
Em conjunto, decidiram abandonar o céu para se unirem carnalmente ás mulheres.
Assim o fizeram, e 200 anjos abandonaram o céu e uniram-se carnalmente ás mulheres, escolhendo dentre elas todas as que quiseram. Os anjos penetraram-nas e amaram-nas e com elas casaram.
Foi nesse momento que os anjos rebeldes ensinaram ás suas mulheres os segredos das artes da magia negra em troca do sexo que com elas tinham, e assim nasceu a magia negra.
Não só nasceu a magia negra, como da união sexual entre os anjos caídos e as mulheres, nasceram filhos: os neffilins.

Deus desaprovou tanto a fuga dos anjos, como a união entre esses e as mulheres, e gerou o dilúvio que tudo destruiu á face da terra.estavam encarregues de vigiar o ser humano na terra.
A bruxaria é tida como uma «prostituição com os seres do oculto», sendo que se trata de uma «prostituição aos demónios», um meio esotérico por via da qual se obtêm poderes ou favores dos «filhos das trevas».

Pois devido á forma essencialmente sexual por via da qual alegadamente as bruxas e bruxos compactuariam com o Diabo para obter os seus poderes, as perseguições da Santa Inquisição Católica incidiram fundamentalmente numa violenta perseguição ás mulheres, ( especialmente as mais atraentes, pois essas eram consideradas uma verdadeira tentação do demónio), e aos homossexuais, sendo que tanto uns como outros eram considerados potenciais parceiros sexuais do Diabo, pois seriam alegadamente espiritualmente mais passivos de serem mais fácil e fortemente seduzidos pelo demónio através da grande tentação dos prazeres carnais.

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A sedução satânica era considerada uma sedução realizada pelo Diabo ou pelos dos seus demónios, numa tentativa desses se infiltrarem nos corpos dos que se lhe oferecessem, assim possuindo-os. O que essas pessoas ganhariam em troca de serem possuídas através do sexo com os demónios, seriam poderes sobrenaturais, poderes ocultos cuja a fonte reside no poder satânico do próprio Diabo.

Satã é um anjo caído, e sendo anjo é um espírito. Pois sendo um espírito, Satã não tem corpo nem sexo. No entanto, Satã foi considerado ou convencionado pela teologia religiosa como sendo um ser de essência masculina
Por isso mesmo,
Consideravam os manuais inquisidores que o Diabo ou Satã:

I

procurava ter relações sexuais essencialmente com mulheres bonitas e com maior apetite sexual, tal como Eva teve relações com Lúcifer, ou outras mulheres tiveram relações com Satã e Azazel, em troca das quais receberam sabedoria e poder. Tal como aconteceu no passado histórico descrito na Bíblia e nos escritos de Enoch, essas lindas, desejáveis e lascivas mulheres eram o «alvo» preferido do demónio, ao passo que as mais permeáveis á tentação da carne, sendo essas as bruxas;

II

ou então que o diabo procurava também homens que aceitassem servi-lo. E os homens poderia faze-lo submetendo-se ao poder do Diabo. Por via dessa submissão, renunciavam a Deus e oferendavam as suas belas mulheres o demónio, tal como Adão aceitou mansamente que Eva fosse amante de Lúcifer ,( dessa relação nasceu Caim), ou da mesma forma como os descendentes da tribo de Caim aceitaram que Satã, Azazel e os restantes 198 anjos caídos fossem amantes das suas esposas em troca de grande poder, saber e prosperidade; assim, acreditava-se que o homem que em troca de poder sobrenatural, compactuasse e participasse como o demónio na sua luxúria, tornar-se-ia seu servo e sacerdote, sendo esses os bruxos.

São Agostinho, o mais elevado dos filósofos e teólogos do catolicismo, escreveu diversos tratados retratando a magia, a bruxaria e o fenómeno mágico. Sobre tais noções.
Dizia-se que dessas relações carnais,( a génese do pecado original que desgraçou Adão e Eva, assim como gerou a causa do dilúvio, nascia o pacto satânico que facultava os poderes sobrenaturais que as bruxas e bruxos possuíam, que eram na verdade os poderes das trevas, ou o «dom das trevas». Acreditava-se também que eram nas missas negras e nos Sabbath, que o pacto demoníaco era não só selado, como ciclicamente celebrado e repetido para agrado dos prazeres demoníacos.

Segundo tais versões mitológicas, uma bruxa seria sempre o resultado de um fenómeno de possessão consentida, ou seja, um espírito de bruxaria possuía a bruxa ou o bruxo, não contra a sua vontade, mas sim através de um acto de entrega voluntária por parte desses
Na verdade, havia mesmo quem defendesse que essas bruxas e bruxos não possuíam poderes «em si» e «por si», mas antes eram consortes ou amantes do Diabo e que por isso, podiam invocar os favores de Satã ou da sua corte de anjos caídos, para realizarem as suas obras magicas neste mundo.

As teses que professavam que a Bruxa nascia de um Pacto com o Diabo assinado em sangue ,( sangue da própria bruxa), e celebrado através de sexo, ( com o próprio corpo da bruxa que assim se prostituía ao demónio), alegavam igualmente que uma das características identificativas das bruxas, ( de acordo com os manuais inquisitórios),
É a «marca da bruxa»
essa marca corporal confirmava que a bruxa era na verdade uma bruxa. A marca não pode ser um sinal de nascença, mas sim algo adquirido no momento em que o Diabo assume poder sobre essa pessoa, ou que o demónio escolheu essa pessoa para ser seu servo, aliado e sacerdote.
A «marca do Diabo» é um sinal deixado pelo demónio no corpo da bruxa como forma de assinalar a obediência dessa pessoa para com o Diabo.
Tradicionalmente, acreditava-se que a «Marca do Diabo» era criada de diversas formas:
ou pelas garras do Diabo ao passar pela carne do seu servo, ou pela língua do Diabo que tocando o individuo, lhe deixa a marca demoníaca.
Professava-se por isso que a «marca» podia-se manifestar em diversas formas:
Uma verruga, uma cicatriz, um sinal, e especialmente um pedaço de pele totalmente insensível.
Nas teses ocultistas de magia negra, a «marca da bruxa», ou o «sinal do Diabo», possui o nome de: a «marca de Caim».
Hoje em dia muitos ocultistas acreditam que a «marca do diabo» não é na realidade uma marca física que é impressa pelo demónio no corpo da bruxa, ( tal como um selo é marcado com ferro em brasa na carne de um animal), mas antes trata-se de uma marca espiritual que fica impressa na alma da bruxa, ou seja: o seu «nome espiritual», ou o seu «nome demoníaco», por oposição ao seu nome de baptismo cristão .

Alegam essas teses ocultistas, que quando um pacto é realizado, o demónio que apadrinhou uma bruxa concede-lhe um «nome espiritual», que é um «sinal» que ficará marcado para sempre no espírito de quem vendeu a alma ao Diabo.

È com esse nome que a bruxa passará a viver, a trabalhar nas artes da bruxaria, e mesmo será recebida no mundo dos espíritos depois da sua morte neste mundo.
Outras crenças porem, apontavam para a natureza demoníaca da bruxa, defendendo que a bruxa já nascia bruxa tal como uma cabra já nasce cabra, ou seja, a bruxa já nascia com um espírito de bruxaria dentro de si, pois tinha sido fruto de uma união sexual impura entre um humano e o demónio.
Seja como for que fosse encarada a origem da bruxa, acreditava-se que ao encomendar um trabalho a uma bruxa, estava-se encomendando o trabalho ao demónio que habitava na bruxa, e em ultima instanciá, ao próprio diabo, pois a bruxa era um representante do diabo na terra, tal como os padres eram representantes de Deus na terra.

UM MITO PRODUZIDO PELAS TORTURAS
As descrições dos sabbaths provem dos julgamentos de bruxas acusadas durante o século XIV.
Sob tortura, as vítimas recorreram a mais louca das imaginações para satisfazerem as inclinações sádicas dos inquisidores, que por sua vez ainda acabavam por embelezar essas histórias.
Tal como uma bola de neve, as historias a respeito do sabbath foram ganhando ímpeto. Não foi preciso esperar muito para que todos os interrogadores se mostrassem ansiosos por conhecer os pormenores sobre quando, como e onde era que as suas vitimas marcavam os sabbaths.
Enquanto brandiam os instrumentos de tortura, poucos foram os que ficaram desapontados com as desesperadas e complicadas descrições feitas pelas (bruxas).
Os inquisidores acreditavam que a dança era diabólica porque podia induzir emoções intensas e levar ate á excitação sexual. Foi certamente assim que nasceu o folclore das danças rituais das bruxas. Por um lado, a igreja, que escolhera o celibato para os seus sacerdotes, torcia o nariz a tudo que sugerisse sexo. O elemento sexual do sabbath servia demonizar ainda mais os envolvidos.

Anos mais tarde, o psicanalista Sigmund Freud salientou as enormes dimensões do pénis na maior partes das representações do diabo nas celebrações do sabbath e comentou que a repressão sexual desempenhara, sem dúvida, um importante papel na loucura da caça às bruxas durante a idade medieval.
Claro que a intenção dos inquisidores era conseguir que as suas imponentes vítimas aparcassem tão ferozes e diabólicas quanto possível.
Para as pessoas, era essencial que os sabbaths incluíssem megeras, demónios, diabretes, animais, e, claro o próprio Satã .

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Em 1608, o escritor Guazzo descreveu um sabbath europeu em que o diabo dava a iniciação a uma aprendiza, aceitava um beijo no traseiro por parte das suas seguidoras e dançavam freneticamente entre elas. Perante tais malefícios, que poderia duvidar das medidas extremas e desagradáveis tomadas contra as bruxas? Para alem disso, os procedimentos do sabbath transformou-se numa parodia á sagrada comunhão católica, de modo a despertar ainda mais receios entre a população.

Á uma outra explicação para os sabbaths das bruxas, que foi mais tarde a favorita dos luteranos e de outros. Estes pensavam que as bruxas se deslocavam para os sabbaths apenas em espírito enquanto os seus corpos permaneciam em casa, aparentemente adormecidos.

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HISTÓRIAS DE HORROR E EXECUÇÕES
Em 1688, as populações de Mora e Elfdale, na Suíça, ficaram horrorizadas ao verem as suas crianças mergulharem em transes nocturnos. O sussurro que circulou pelas aldeias acabou por se transformar num grito: as crianças haviam-se convertido em instrumentos das bruxas.
Uma investigação escutou provas das bocas dos pais preocupados. Porem, as histórias mais sensacionais surgira das próprias crianças. Uma após outra, afirmam que haviam sido transportadas para um sabbath de bruxas, num local chamado “Blakolla”, tendo sido levadas á presença de um diabo gorducho e jovial chamado Locyta, que lhes concederam a capacidade de voarem em vassouras. As crianças tinham sido iniciadas por Locyta e haviam aprendido feitiços, festejando e dançando. Quando revelaram as suas incríveis historias aos espantados investigadores, fizeram-no de uma maneira inesperada e uniforme, umas das crianças acusou uma jovem e explicou como no seu espírito voara para o sabbath enquanto o corpo permanecia na cama .

Convencidos de que tudo se devera á actividade das bruxas, os juízes proferiram sentenças muito duras. Foram executadas quinze crianças com idades entre nove a dezasseis anos. Outras sessenta crianças foram forcadas a aguentar vergastadas e bengaladas semanais durante um ano.
Nos nossos dias, parece provável que as crianças tenham sido vítimas de hipnose de massas ou que tenham uma droga qualquer alucinatória.

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Reginald Scot, em 1583, no seu livro Discoverie of Witchcraft foi um dos primeiros cépticos a lançar dúvidas sobre a existência de bruxas, acreditava que o sabbath das bruxas não passava de fantasia de mentes inflamadas.

Acredita-se que os sabbaths eram fruto da repressão sexual, o sabbath eram talvez um ritual de libertação corporal, explorando assim a liberdade sexual em todos os sentidos, já que existem objectos e engenhos dessa época que actualmente são banais, com vibradores claro nessa altura eram simples e de madeira, actualmente também temos maquinas que dão prazer sexual que são cópias melhoradas da era medieval

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