terça-feira, 25 de junho de 2013

A Crença das Bruxas

Acho difícil dizer exatamente no que crêem as bruxa de nossos dias. Conheço uma que vai à Igreja de vez em quando, embora seja apenas uma conformista ocasional. Acredita firmemente em reencarnação, assim como muitos cristãos. Não sei como ela ou eles reconciliam isso com os ensinamentos da Igreja. Mas, para começar, a crença em muitos paraísos diferentes, cada um com seu deus diferente, não é incomum. O deus do culto é o deus do próximo mundo, da morte e da ressurreição, ou da reencarnação, o consolador, o confortador. Após a vida, você vai alegremente a seu reino para o descanso e o alívio, tornando-se jovem e forte, esperando a época de renascer na terra de novo, e você pede a ele que mande de volta os espíritos de seus mortos queridos para que se regozijem com você em suas festas. Torna-se claro que elas acreditam em algo desse tipo, por causa do mito da deusa que forma a parte central de um de seus rituais. É um tipo de espiritualismo primitivo. Bruxas não têm livros de teologia, então para mim é difícil descobrir em que elas realmente acreditam. Com todos os milhares de livros escritos sobre a cristandade, ainda acho difícil definir as crenças cristãs. Transubstanciação, por exemplo. Por outro lado, é fácil fornecer a idéia central ou mito, que em minha opinião pode-se definir como uma história que afeta as ações das pessoas. Estritamente falando, nesse sentido o mito da cristandade está na crucifixão e na ressurreição, e poucos cristãos discordam disso. O mito da bruxaria parece ser a história da deusa aqui citada. Estou proibido de fornecer seu nome, então vou chamá-la G. G. nunca amou, mas ela resolve todos os mistérios, mesmo o mistério da Morte, e assim ela viajou às terras baixas. Os guardiões dos portais a desafiaram. "Despe teus trajes, tira tuas jóias, pois nada disso podes trazer contigo em nossa terra. "Assim, ela pôs de lado seus trajes e suas jóias e foi amarrada como o eram todos os que entravam nos reinos da Morte, a poderosa. Tal era a sua beleza que a própria Morte se ajoelhou e beijou seus pés, dizendo: ''Abençoados sejam esses pés que te trouxeram por estes caminhos. Permanece comigo, mas deixa-me pôr minha mão fria sobre teu coração ". E ela respondeu: "Eu não te amo. Por que fazes com que todas as coisas que eu amo e que me alegram se apaguem e morram? " "Dama, " respondeu a Morte, "isto é a idade e o destino, contra os quais não sou de nenhuma ajuda. A idade faz com que todas as coisas feneçam; mas, quando o homem morre ao fim de seu tempo, eu lhe dou descanso e paz e força para que ele possa retornar. Mas tu és adorável. Não retornes; permanece comigo. " Mas ela respondeu: "Eu não te amo ". Então a Morte disse: "Como não recebes minha mão em teu coração, receberás o açoite da Morte". "Esse é o destino, que seja cumprido, " disse ela, ajoelhando-se. A Morte açoitou-a e ela gritou: "Conheço os sofrimentos do amor ". E a Morte disse: "Abençoada sejas " e lhe deu o beijo quíntuplo, dizendo: "Que possas atingir a felicidade e o conhecimento". E ela lhe contou todos os mistérios e eles se amaram e se tornaram um; e ela lhe ensinou todas as magias. Por isso, há três grandes eventos na vida do homem - amor, morte e ressurreição no novo corpo - e a magia os controla a todos. Para realizar o amor, você deve retornar na mesma época e lugar que os entes amados e deve lembrar-se e amá-lo ou amá-la novamente. Mas, para renascer, você deve morrer e ficar pronto para um novo corpo; para morrer, você deve ter nascido; sem amor você não pode nascer e eis toda a magia. Esse mito sobre os quais os membros baseiam suas ações é a idéia central do culto. Talvez seja trabalhoso explicar idéias e rituais já concebidos e explicar por que o deus mais sábio, mais velho e poderoso deveria dar seu poder à deusa por intermédio da magia. Havia um costume céltico de amarrar cadáveres; a corda com a qual um deles fora amarrado era de grande valia na obtenção da segunda visão. Mas no Mundo Antigo parece ter sido difundida a idéia de que uma pessoa viva deve ser amarrada para chegar à presença dos Senhores da Morte. Tácito, em Germânia XXIX, fala de bosques sagrados onde homens se juntam para obter augúrios ancestrais, para entrar nesses domínios sagrado dos Senhores da Morte. "Todos são atados com correntes para mostrar que estão em poder da Divindade e, se lhes acontecesse cair, não tinham ajuda para levantar. Deitados como estão, devem rolar pelo caminho da melhor forma possível. " Isso mostra que eles eram amarrados bem forte, de forma que não podiam erguer-se; logo, é claro que não era uma amarração "simbólica". Luciano, em sua obra Vera Historia, que, embora seja um romance, trata de crenças populares, fala de pessoas vivas desembarcando na Ilha dos Abençoados, sendo instantaneamente atados com correntes e levados à presença do Rei dos Mortos. A idéia de pessoas vivas, ou recém-mortos, sendo amarrados com correntes logo que chegam à terra dos mortos pode ser, em minha opinião, a origem da idéia de fantasmas arrastando correntes; mesmo no Limbo eles permaneceriam amarrados. apenas a história de Ishtar descendo aos infernos, mas o ponto principal da história é outro. Pode-se dizer também que é simplesmente Shiva, o deus da Morte e da Ressurreição; mas novamente a história é diferente. É bastante possível que as histórias de Ishtar e Shiva tenham influenciado o mito, mas acho que sua origem é mais provavelmente céltica. Nas lendas célticas, os Senhores do Submundo preparavam a pessoa para o renascimento; dizia-se que muitos vivos haviam entrado em suas regiões, formado alianças com eles e retornado em segurança, mas era preciso grande coragem; apenas um herói ou um semideus se arriscaria desse modo. Os mistérios célticos certamente continham rituais de morte e ressurreição e possivelmente visitas ao submundo com um retorno em segurança. Acho que o purgatório de São Patrício em Lough Derg é uma versão cristianizada dessa lenda. O homem primitivo temia a idéia de renascer em outra tribo, entre estranhos, de forma que rezava e realizava ritos para se assegurar de que nasceria novamente na mesma época e no mesmo lugar que seus amados, que o conheceriam e o amariam em sua nova vida. A deusa do culto das bruxas é obviamente a Grande Mãe, a que dá a vida, o amor encarnado. Ela comanda a primavera, o prazer, a festa e todos os deleites. Mais tarde, ela foi identificada com outras deusas e tinha uma especial afinidade com a lua. Antes de uma iniciação, lê-se uma declaração que começa assim: Ouça as palavras da Grande Mãe, que antigamente foi chamada pelos homens de Artemis, Astartéia, Diana, Melusina, Afrodite e muitos outros nomes. Em meus altares a juventude da Lacedemônia fez o devido sacrifício. Uma vez por mês, de preferência quando a lua está cheia, encontrem-se em algum lugar secreto e me adorem. Pois sou a rainha de todas as magias... Pois sou uma deusa graciosa, dou alegria à terra, certamente, não a fé, durante a vida; e após a morte, a paz inexprimível, o descanso e o êxtase da deusa. Nada peço em sacrifício... Essa declaração vem, eu acho, da época em que romanos ou estrangeiros chegaram; isso explicaria o que nem todos sabiam em épocas passadas e identifica a deusa com deusas de outras terras. Imagino que uma declaração similar era uma característica nos antigos mistérios. Estou proibido de revelar algo mais; mas, se você aceitar a regra dela, tem a promessa de vários benefícios e é admitido no círculo, apresentado à Morte Poderosa e aos membros do culto. Há também um pequeno "susto", uma "prova" e um "juramento"; mostram-lhe algumas coisas e lhe dão alguma instrução. Tudo é muito simples e direto. Entre as declarações mais comuns contra as bruxas está a de que elas repudiam ou negam a religião cristã. Tudo o que posso dizer é que eu e meus amigos jamais ouvimos algo sobre tais negações e repúdios. Minha opinião é de que em tempos primitivos todos pertenciam à velha crença e adoravam regularmente os antigos deuses antes de serem iniciados. Para as pessoas como os romanos e romano-bretões, eles estariam apenas adorando seus próprios deuses, identificados com os célticos; logo, nada haveria para ser repudiado. Possivelmente, durante a perseguição, se pessoas desconhecidas apareciam em um encontro religioso, seriam questionadas para se descobrir se eram espiões; provavelmente lhes pediam para negar o cristianismo, como uma espécie de teste. Eles nunca iniciariam alguém, não o trariam ao círculo, a menos que soubessem com certeza que era pertencente à velha crença. Quando a perseguição aumentou, o culto escondeu-se e praticamente só as crianças nascidas e criadas no culto eram iniciadas. Acredito que algumas vezes, quando alguém que não fosse do sangue desejasse ingressar, ele era questionado; mas daria na mesma pedir ao postulante médio que negasse o cristianismo ou que negasse uma crença em Fidlers Green, sobre o qual os velhos marinheiros costumavam falar: o paraíso para onde os velhos marinheiros iam, que ficava bem longe do Inferno. Logo, penso que, embora houvesse casos de pessoas que negavam o cristianismo, estas foram bem poucas. Dizer que isso é "provado" porque muitas bruxas foram torturadas para admitir que repudiavam o cristianismo é a mesma coisa que dizer que tal testemunho prova que elas voavam em vassouras. Meu grande problema para descobrir quais foram suas crenças reside no fato de elas terem esquecido praticamente tudo sobre seu deus; tudo o que posso saber é por meio dos ritos e orações dirigidos a ele. As bruxas não conhecem a origem de seu culto. Minha própria teoria é, como já disse, que é um culto da Idade da Pedra, dos tempos matriarcais, quando a mulher era líder; mais tarde, o deus homem se tornou dominante, mas o culto das mulheres, por causa de seus segredos mágicos, continuou como uma ordem distinta. O grande sacerdote do deus homem às vezes compareceria aos encontros delas e os lideraria; quando estivesse ausente, a grande sacerdotisa era sua representante. Deve-se notar também que há certos ritos em que um homem deve liderar, mas, se um homem do grau requisitado não está disponível, uma sacerdotisa chefe veste uma espada e é vista como um homem para a ocasião. Mas embora a mulher possa ocasionalmente tomar o lugar do homem, o homem nunca pode tomar o lugar da mulher. Isso deve vir da época da associação das Druidesas, que os romanos tratavam de bruxas. Se eram druidesas verdadeiras, eu não sei. Essa parece ter sido uma organização religiosa separada, possivelmente sob o comando do druida líder, da mesma forma que havia um sacerdote ou alguém que num encontro de bruxas era reconhecido chefe. Ele era chamado "o Diabo" na época medieval.mortesubita.org

sexta-feira, 21 de junho de 2013

As bruxas existem

Na Idade Média, as mulheres que conseguiram o poder, passavam gradativamente a ser consideradas bruxas. A palavra inglesa witch (bruxa, feiticeira) é derivada da palavra anglo-saxônica wicce e da alemã wissen (saber, conhecer) e wikken (adivinhar). Antigamente as bruxas eram chamadas de sábias, até a Igreja atribuir-lhes uma conotação de degradação, de mulheres dominadas pelos instintos inferiores. As bruxas nada mais eram do que mulheres que conheciam e entendiam do emprego das ervas medicinais para a cura das enfermidades nos vilarejos onde viviam. Também estavam aptas a realizar partos e a preparar ungüentos medicinais. Com o advento do Cristianismo, a era patriarcal acabou por imperar, até porque o Salvador era um homem. As mulheres foram colocadas em segundo plano e identificadas como objetos de pecado utilizados pelo diabo. É claro que algumas mulheres rebelaram-se. Estas mulheres, dotadas de um poder espiritual - inclusive passado de mãe para filha -, começaram a angariar de novo o prestígio de outros tempos, e isto passou a incomodar o poder religioso. Como admitir que algumas mulheres podiam ser livres e que algumas pessoas respeitavam o que elas ensinavam? Para acusar uma mulher de bruxaria era muito fácil: bastava uma mulher casada perder a hora de despertar, que o marido a acusava de estar sonhando com o demônio. Para as bruxas do mundo inteiro, o dia 31 de outubro tem um significado muito especial: o deus que representava a natureza (e que possuía chifres, em sinal de poder) saía da infância para ingressar na adolescência, tornando-se jovem e aventureiro (símbolo do alce nas pinturas alquimistas). Neste dia, essas mulheres homenageavam a deusa Gaia (terra) em sintonia com esse deus (fecundo) para obter cada vez mais conhecimento, gerar filhos saudáveis e criar entendimento entre os familiares. É claro que algumas mulheres em tempos remotos aproveitavam-se desse poder para seus próprios interesses - como aquisição de bens -, praticando a magia negra. Como o próprio nome diz, a feiticeira tinha o poder de enfeitiçar as pessoas, atraindo pensamentos negativos em suas associações a seres infernais, em oposição ao amor de Deus. Essas bruxas, através de pactos com o diabo, também obtinham vinganças sociais. Infelizmente, as bruxas e as sacerdotisas nórdicas foram quase que completamente esquecidas, sendo associadas ao seu aspecto negativo. Presume-se que a caça às bruxas do passado tenha ocorrido a partir de tensões sociais profundas, e esperamos que as torturas do passado, não voltem a ocorrer em tempos futuros. cariricaturas.com Monica Buonfiglio

segunda-feira, 17 de junho de 2013

As Bruxas de Salém: Uma trágica brincadeira.

Há três séculos, o vilarejo de Salem, na colônia americana da Nova Inglaterra, foi tomado de assalto por uma onda de intolerância e de fanatismo religioso, vitimando quase vinte pessoas. Esse infeliz incidente, e a caça às feiticeiras que então se desencadeou, serviu como um alerta para que os princípios de liberdade religiosa fossem assegurados na história dos Estados Unidos. Salem é visitada por Satanás"É uma certeza que o demônio apresenta-se por vezes na forma de pessoas não apenas inocentes, mas também muito virtuosas."Rev. John Richards, século XV O inquérito de Salem, atrás de sinas das bruxas, Mister Parris, o pobre reverendo de Salem, estava exasperado. Betty, a sua única filha de apenas nove anos, acometida por uma série de estranhos espasmos, jogou-se petrificada sobre o leito, negando-se a comer. Naquela perdida cidadezinha, ao norte de Boston, não existiam muitos recursos além de um velho médico que por lá se perdera. Chamado para diagnosticar a doença, atestou para o aterrado pai que a menina estava era enfeitiçada e que nada lhes restava a fazer além de uma boa e sincera reza. A conclusão do doutor correu de boca em boca e em pouco tempo os pacatos habitantes do pequeno porto tomaram conhecimento de que Satanás resolvera coabitar com eles. Simultâneamente outras garotas, as amiguinhas de Betty, começaram a apresentar sintomas semelhantes aos da filha do clérigo. Rolavam pelo chão, imprecavam, salivavam, grunhiam e latiam. Foi um pandemônio. Pressionado a tomar medidas, Parris resolveu chamar um exorcista, um caçador de feiticeiras, que prontamente começou sua investigação. No século XVII, poucos punham em dúvida a existência de bruxas ou de feiticeiras porque uma das máximas daqueles tempos é de que "é uma política do Diabo persuadir-nos que não há nenhum Diabo". A inquisição Inquiridas por Cotton Mather, que iria se revelar uma espécie de Torquermada americano, as garotas contaram que o que havia desencadeado aquela desordem toda fora uns rituais de vodu que elas viram Tituba fazer. Essa era uma escrava negra que viera das Índias Ocidentais, e que iniciara algumas delas no conhecimento da magia negra. Durante o último longo inverno da Nova Inglaterra, ela apresentara várias vezes os feitiços para uma platéia de garotas impressionáveis. Educadas no estreito moralismo calvinista e no ódio ao sexo que o puritanismo devota, aquele cerimonial animista deve ter despertado as fantasias eróticas nelas. Provavelmente culpadas por terem cedido à libido ou apavoradas por sonhos eróticos, as garotas entraram em choque histérico. Seja como for o caso, merecia ser ouvido num tribunal. Toda a Salem se fez então presente no salão comunitário. Quando colocadas num tribunal especial, presidido pelo juiz S. Sewall, e inquiridas pelos juízes Corwin e Hawthorne, as meninas começaram a apontar indistintamente para várias pessoas que estavam na sala apenas como curiosas. O depoimento mais sensacional foi o da escrava Tituba, que não só confessou suas estranhas práticas como afirmou que várias outras pessoas da comunidade também o faziam. A partir daquele momento, a cidadezinha que já estava sob forte tensão se transformou. Um comportamento obsessivo proveniente de Roger Conant, fundador de Salem, tomou conta dos moradores. Uma onda de acusações devastou o lugarejo. Vizinhos se denunciavam, maridos suspeitavam das suas mulheres e vice-versa, amigos de longa data viravam inimigos. Praticamente ninguém escapou de passar por suspeito, de ser um possível agente do demônio. Não demorou para que mais de 300 pessoas fossem acusadas de práticas infames. O tribunal que entrou em função em junho de 1692 parou somente em outubro. Resultou em dezenove inocentes enforcados. LAURIE CABOT: A filha mais devota de Salem. Cabot é uma Sumo Sacerdotisa norte-americana e uma das primeiras a popularizar a Bruxaria nos Estados Unidos da América. É autora de livros tais como: The Power of the Witch, The Witch in Every Woman, Celebrate the Earth. Também fundou a "Cabot Tradition of the Science of Witchcraft" e "Witches League for Public Awareness" para defender os direitos civis dos bruxos. Nos anos 70 foi declarada pelo governador Michael Dukakis como a "bruxa oficial de Salem, Massachusetts" honrando-a assim pelo trabalho prestado com crianças com necessidades especiais. Continua a residir em Salem onde tem uma loja chamada The Cat, the Crow, and the Crown. É talvez uma das bruxas mais conhecidas no mundo. É considerada a "lenda" de Salem e uma respeitada celebridade local. Vida e Carreira Laurie Cabot nasceu como Mercedes Elizabeth Kearsey em 1933 na cidade de Wewoka, Oklahoma. Cabot diz que desde criança mantem este interesse pelo ocultismo desenvolvendo-o em Boston enquanto se transformava numa jovem mulher que "assombrava" as paredes na Biblioteca Pública de Boston. Nos anos 50 trabalhou como dançarina no clube nocturno chamado "The Latin Quarter" propriedade de Lou Walters. Cabot foi questionada por Lou Walters para abrir o seu "Las Vegas Latin Quarter" cujo pedido recusou. Casou duas vezes e em cada casamento teve duas filhas, Jody Cabot e Penny Cabot as quais foram criadas como bruxas. Laurie Cabot abriu a primeira "loja de bruxas" no mundo, em Salem na década de 70, a qual foi considerada como um destino turístico. Atualmente existem diversas lojas em toda a baixa de Salem, mas foi Cabot que desbravou o caminho para início deste negócio. Na loja vendia ervas, joalharia, baralhos de Tarot e outros items usados na bruxaria. Mais tarde transferiu a loja para uma velha casa na rua de Essex que chamou de "Crow Haven Corner". A loja continua aberta, mas já não pertence à família Cabot. Laura Cabot mantém na mesma uma loja em Salem em Pickering Wharf e um popular destino turístico como também uma importante fonte para todas as bruxas. Cabot é bastante conhecida pel seu negócio, palestras e livros. No final da década de 1980 teve uma participação nos talk-shows Oprah Winfrey Show e Phil Donahue. irmandadepaga.com

domingo, 9 de junho de 2013

As Bruxas ardiam mais na Idade Moderna que na Idade Média

Apesar dos casos de caça às bruxas, e condenações à fogueira de supostos comparsas do demónio e praticantes de magia, ter ocorrido já durante a Idade Média, foi no início da Idade Moderna (do renascimento à revolução industrial) que o fenómeno cresceu e atingiu o culminar. Curiosamente, ou talvez não, os fenómenos de caça às bruxas em massa iniciaram-se na Europa do século XV (por decreto papal, e não só), mas depois de um período de acalmia, atingiu o culminar das perseguições no início do século XVII, coincidindo esse facto com os picos de tensão provocados pelas guerras da religião. Essa paranóia agudizava-se quando a Europa caia no rigorosíssimo religioso reformista e contrarreformista (opondo protestante e católicos). No entanto, as tensões eram muito mais que religiosas, eram também económicas e sociais. Aliás, foram, para além do preconceito e medo do desconhecido, razões materialistas e sociais que sustentavam grande parte da perseguição à bruxaria (especialmente a feminina). As pessoas processadas por bruxaria foram maioritariamente mulheres, seguindo o estereótipo de velha camponesa que vivia num local isolado. Mas esse estado de situação foi comum durante o período das guerras da religiosas (nomeadamente na Guerra dos 30 anos) que assolaram a Europa do século XVII, com muitas mulheres a viver sozinhas e abandonadas depois dos maridos terem sido mortos em combate. Fazendo uma leitura da época, podem encontrar-se, tal como já referi, razões socioeconómicas para a marginalização e perseguição dessas mulheres. Muitas delas tinham então de viver de esmolas e da caridade alheia, o que as obrigava também a comportamentos mais agressivos e marginalizantes. Logo, eram consideradas um peso para a sociedade de então, nem que fosse inconscientemente. Segundo, havia também as razões políticas, com vários casos registados de denúncias entre opositores políticos, que atacavam os inimigos acusando suas mulheres de bruxaria, tentando assim denegrir-lhes a imagem e prestígio público. Por fim, existiam também as razões económicas, especialmente quando essas mulheres dispunham de heranças consideráveis. Em certos casos registados foram os familiares dessas mulheres a mover as acusações de bruxaria, garantido assim o acesso fácil à herança. Por exemplo, na Nova Inglaterra, 90% das mulheres acusadas de bruxaria não tinham descendentes varões. Sobre a caça às bruxas, independentemente das motivações religiosas, pode dizer-se que: foi, especialmente, uma perseguição para com as mulheres, e um sinal de uma sociedade intolerante, impreparada para lidar com os dramas sociais e até algo interesseira. Quanto teremos mudado? Terão desaparecido as bruxas e o modo de caça intolerante? abuscapelasabedoria.

Bruxos: A Esperança da Idade Média

As bruxas são, antes de mais nada, "consolatrices afflictorum", vendedoras de sonhos e de ilusões de potência, de triunfo, de vitória, de vingança. E são bodes expiatórios dos maus pensamentos de uma sociedade cheia de desejos e de medo, de vícios e de impotência. - (Cardini. F., Magic and Witchcraft in the Middle Ages and the Renaissance) valedobruxo.com

O gato e o escrivão

As famílias de Demdike Southerns e Chattox Whittle eram poderosas, viviam de bruxaria e dominavam Pendle Hill na primeira década do século XVII. Potts, hábil e ardiloso escrivão da corte, interessado naquelas terras do condado de Lancaster, tramou de botar os Southerns contra os Whittle. À época Potts não fazia ideia do poderio das feiticeiras; da seqüência de eventos insólitos e maravilhosos que havia desencadeado. Chattox e Demdike pareciam mesmo em transe, envolvidas em misterioso combate de ocultismo. Inteligente, Potts tomava notas de tudo o que se passava ao seu redor. A confusão foi tamanha que as Whittle e as Southerns foram julgadas e condenadas por bruxaria, tendo ficado Potts com suas posses em troca da entrega de seu manuscrito “A Descoberta das Bruxas no Condado de Lancaster” à corte. Pouco antes de morrer, Chattox soube da trama de Potts, transformou sua filha Anne num gato e o colocou mumificado numa das paredes de sua casa; para que ela voltasse à vida 400 anos depois. jorgexerxes.wordpress.com/

Bruxas

: cantinhodosseresmisticos.

domingo, 2 de junho de 2013

Instrumentos dos Bruxos

Vassoura, varinha e caldeirão estão certamente estre as primeiras coisas que vêm à mente quando pensamos em bruxos, mas será que os bruxos de verdade também usam estas coisas? Vamos ver quais são os principais instrumentos dos bruxos da atualidade e qual o significado de cada um deles! Athame O Athame é considerado a ferramenta básica de qualquer bruxo. Sua finalidade básica é direcionamento de energia. O Athame não deve nunca ser usado para qualquer fim não mágico, e muitas tradições ainda dizem que ele nunca deve ser usado para cortar qualquer coisa que seja material. Minha opinião é que quanto mais ele for usado para fins mágicos melhor, então não vejo problemas em usá-lo para escrever em velas ou cortar ervas. Tradicionalmente o Athame possui cabo preto e deve sempre ter uma lâmina de dois gumes retos. Em algumas tradições ele é consagrado ao elemento ar e em outras ao elemento fogo. Representa o masculino. Vassoura Talvez o instrumento mais ligado à bruxaria no imaginário popular, a vassoura é um instrumento dos mais importantes. É usada para limpeza dos ambientes onde serão feitos rituais e em rituais de fartura. Infelizmente, as vassouras não servem para voar (seria tão bom!). Esta lenda se deve a rituais de fartura que eram feitos pelos bruxos na antiguidade, onde se pulava na plantação com a vassoura entre as pernas para trazer boas colheitas. Acreditava-se que quanto mais alto o bruxo pulasse, mais alta ficaria a plantação e consequentemente, mais farta a colheita. A Vassoura representa fartura, pois o cabo representa o masculino e a palha representa o feminino. Pode ser comprada pronta ou feita com ervas pelo próprio Bruxo. Caldeirão O caldeirão, representa o útero da Deusa, e é consagrado ao elemento água. É no caldeirão que boa parte da magia acontece efetivamente. Como útero da Deusa, ele é instrumento de criação e transformação. Pode ser usado para fazer poções e queimar ervas ou outros objetos mágicos. Tradicionalmente, é feito de ferro preto e possui três pezinhos. O número três aqui é muito importante por relacionar-se com as 3 fases da Deusa além do três se considerado o número perfeito. Varinha Sem soltar raios ou transformar pessoas em sapos, as varinhas são muito poderosas, sendo usadas, assim como o athame, para direcionar a energia em rituais. Assim, esta também pode ser usada para abrir o Círculo Mágico. Tal qual o Athame, ela pode ser assosciada tanto ao fogo quanto ao ar, sendo que as tradições que associam o athame ao ar, associam a varinha ao fogo e vice-versa. É muito comum o bruxo fazer sua própria varinha. Cajado O Cajado, para algumas tradições está entre os instrumentos mágicos mais importantes. Assim como a varinha e o athame, é um símbolo masculino, e é usado para direcionar, conter ou concentrar energia. Os bruxos que o usam geralmente tem somente um devido à grande quantidade de energia pessoal colocada nele. É preferível que o Bruxo faça seu próprio cajado, e não o faça antes de dominar bem sua própria energia, pois o cajado é tão poderoso que em mãos de bruxos despreparados pode causar mais prejuízos que benefícios. Estas são ferramentas importantes na Bruxaria. ocaldeiraomagicodabruxa