segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A ORIGEM DAS BRUXAS

Sempre que tocamos no assunto de Bruxas, as pessoas logo pensam numa velha feia, com nariz pontudo, uma enorme verruga, uma gargalhada terrível, chapéu comprido, sentada em uma vassoura que voa e que faz magias e poções em um grande caldeirão. Aqui falaremos sobre a sua origem e dos diferentes tipos de bruxas. As bruxas tiveram início com o povo celta, que possuía uma religião denominada “Wikk”, significando “Magia” ou “Feitiçaria”. Esse nome deu origem ao que alguns conhecem hoje como Wicca ou simplesmente como bruxaria. Ao contrário do que é representado em filmes, desenhos e séries, a grande maioria das bruxas eram (ou são) boazinhas, já que a religião Wicca possui um fundamento que diz: “Faça sua vontade sem prejudicar ninguém. É uma religião de amor à vida e respeito à natureza”.
As bruxas acreditavam em dois deuses, a Deusa Mãe que esta associada à lua, que seria o aspecto intuitivo e a procriação, e o Deus de Chifres ou Deus Cornífero, que está associado ao sol, representando a força e a virilidade. Acredita-se que esses deuses ajudavam as bruxas com um grande aumento no cultivo de gado, na agricultura e no sucesso em guerras. Eram realizados rituais em homenagem a esses deuses que, por sua vez, recompensavam as bruxas com poderes (magias) e com uma suposta previsão do futuro. Por esse motivo as bruxas são representadas na mídia como sendo aterrorizantes. Com o surgimento desses deuses o cristianismo batizou essa religião como “religião pagã”, e passou a usar datas comemoradas pelos Wiccas, para comemorar festas cristãs, por exemplo, o nascimento do Deus Sol no cristianismo virou o Natal Cristão, e o festival de Samhaim (citado na matéria do Halloween, que você pode ler clicando aqui), passou a se chamar Dia de Finados.
Durante a idade média, pessoas que utilizavam ervas medicinais para curas e praticantes de religiões como as Bruxas Celtas, as Bruxas Espanholas e Adoradoras de Luvithy, foram caçadas pela igreja católica. Alguns acreditam que elas foram caçadas até pelos Cavaleiros Templários (que possuímos também uma matéria, onde você pode ler clicando aqui). Essas bruxas eram acusadas de pactos demoníacos, realização de cultos e magias sobrenaturais. Antes de morrerem eram humilhadas, ficando despidas na frente de grandes religiosos que diziam buscar a “marca do diabo”. Depois, decepavam alguns de seus membros e mais tarde eram jogadas à fogueira, sendo queimadas vivas. As Wiccas costumam usar pentagramas, que algumas pessoas acreditam ser o símbolo do diabo ou algo do tipo, mas na verdade, o pentagrama representa os 4 elementos: ar, terra, fogo e água, além do espírito.
Desde os primórdios, quando as bruxas passaram a ser perseguidas, algumas delas foram para o “lado escuro”, dividindo-as e criando duas “espécies” de bruxas: As jovens que possuíam uma beleza incomum, corpos extremamente belos e um rico conhecimento sobre poções e elixires capazes de seduzir qualquer homem, e as velhas, que possuíam um grande conhecimento em feitiços e maldições. São consideradas as mais poderosas. Você gostou da matéria? Deixe abaixo seu comentário, lembrando que é possível que algum leitor seja Wicca ou tenha ligação com Bruxaria, portanto, respeite a todos, sem ofensas ou acusações. Obrigado! Matéria feita a pedido do leitor Reginaldo Victor. Fontes: Ocultos e Sobrenaturais - Educar para crescer

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Bruxas e o Poder Simbólico

As Bruxas podem ser entendidas no campo da imagética, pois elas fazem parte de conjuntos simbólicos que regulam a existência humana.
As bruxas foram e sempre serão um elo entre mito e razão ou ficção e realidade As relações humanas, dizem os sociólogos, são pautadas por poderes simbólicos. Eles possuem grande influência na visão de mundo e na realidade das pessoas. As bruxas sempre foram e vão ser um elo entre mito e razão ou entre ficção e realidade, pois elas se encontram no campo do imaginário popular que é disseminado pela cultura e pelos costumes de um povo e que, sobretudo, estabelecem relação e consequências nas ações do pensamento humano. Pesquisadores ávidos por suas buscas arqueológicas encontraram em cavernas símbolos e ilustrações que demonstram a adoração humana a deusas da fertilidade ainda no período neolítico. Desde o surgimento das primeiras civilizações, o homem buscava adorar deuses que mesclavam proteção, respeito e divindade. Talvez fosse uma maneira de confortar a busca por aquilo que não se compreendia ou aquilo que não existia e que se buscava uma resposta. Com o advento do Cristianismo e sua disseminação pelo mundo, o poder simbólico de muitas crenças, rituais ou costumes passaram a ser perseguidos e rotulados como heréticos e pecaminosos. O Cristianismo proliferou uma política em que existia uma cultura certa e uma cultura errada e, tão logo, a “verdade” deveria prevalecer sobre a “falsidade”. As mulheres durante a Idade Média que possuíam domínio de ervas medicinais para a cura de enfermidades eram julgadas como hereges e pecadoras, pois, na concepção católica, elas tentavam enganar as leis divinas com rituais que iam contra os preceitos da Igreja Católica. Por isso, várias mulheres foram perseguidas e acusadas de feitiçaria ou bruxaria e, consequentemente, foram assassinadas pela prática de suas crendices e cultura. Na Idade Média, as bruxas eram acusadas de falsear o controle divino, manipulando ervas e curando doenças, pois ninguém poderia mudar o curso divino das coisas se não fosse Deus. Juntamente com essa acusação, as bruxas eram acusadas de fazerem pactos demoníacos e realizarem coisas sobrenaturais, como voar pelos ares. Foi com esse imaginário simbólico que acusações foram legitimadas e várias mulheres foram mortas em diversas cidades da Europa até a chegada do Iluminismo.brasilescola.com Por Fabrício Santos Graduado em História